ABEV3 R$11,09 +0,09% ALOS3 R$18,01 +0,33% ASAI3 R$5,82 +3,01% AZUL4 R$4,43 -3,06% AZZA3 R$30,32 -0,72% B3SA3 R$10,35 +0,78% BBAS3 R$25,35 -0,12% BBDC4 R$11,59 -1,19% BBSE3 R$37,83 +1,15% Bitcoin R$625.612 +1,59% BPAC11 R$30,05 -0,27% BRAV3 R$25,34 +0,08% BRFS3 R$22,78 +1,38% CMIG4 R$10,46 +1,75% CPLE6 R$9,15 +2,01% CSAN3 R$8,20 -4,98% CYRE3 R$17,87 +0,68% Dólar R$6,08 +0,46% ELET3 R$34,85 +1,07% EMBR3 R$59,88 -0,42% ENGI11 R$36,71 +1,97% EQTL3 R$27,86 +1,09% ggbr4 R$17,37 +0,64% Ibovespa 122.350pts +0,92% IFIX 3.042pts -1,38% itub4 R$32,35 +0,72% mglu3 R$6,06 +2,02% petr4 R$37,20 +0,41% vale3 R$54,49 +3,46%

Real em Queda e Ascensão do dólar: fuga de capital brasileiro para os EUA se intensifica

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A desvalorização do real em meio às incertezas fiscais no Brasil, aliada ao fortalecimento do dólar impulsionado pela volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, está provocando uma grande transferência de investimentos do Brasil para os Estados Unidos. Esse fenômeno, segundo especialistas, pode se tornar uma tendência permanente.

Na corretora americana Avenue, que conta com participação do Itaú Unibanco, o volume de transferências financeiras aumentou pelo menos 20% em dezembro em comparação a novembro, tradicionalmente um mês com menor movimentação devido ao período de festas. Segundo o fundador e CEO da Avenue, Roberto Lee, essa mudança reflete uma percepção crescente de risco entre os investidores brasileiros.

“Com a ampliação das preocupações sobre o risco no Brasil, vimos um aumento expressivo na saída de recursos para o exterior. Em dezembro, esperamos registrar um volume entre 20% e 25% maior”, afirmou Lee em entrevista ao Broadcast.

O perfil dos investidores também está mudando, com uma maior adesão de pessoas conservadoras. Mais de 80% dos recursos enviados para os Estados Unidos estão sendo aplicados em instrumentos de baixo risco, como títulos do Tesouro americano (“Treasuries”) e dívidas corporativas de empresas americanas (“bonds”).

Dados do Banco Central mostram que, até novembro de 2024, os brasileiros investiram mais de US$10,6 bilhões em ativos internacionais, superando o dobro do registrado em todo o ano de 2023, que foi de US$4,511 bilhões. O maior valor já registrado foi de US$ 15,4 bilhões, alcançado em 2011.

O fundo cambial é uma das formas de investimentos em dólar. Esses fundos são uma alternativa para investidores que desejam proteger seu patrimônio contra a desvalorização da moeda local ou aproveitar a valorização de moedas estrangeiras.

Impactos do cenário fiscal e juros nos EUA com dólar

O principal fator que sustenta essa fuga de capital é o cenário fiscal brasileiro, principalmente frente ao dólar. As dúvidas sobre a capacidade do governo de controlar o crescimento da dívida pública aumentaram a aversão ao risco entre os investidores. Além disso, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros de forma mais contida em 2025 torna os ativos americanos ainda mais atraentes.

Embora a Selic elevada no Brasil teoricamente deva incentivar a permanência de recursos no país, a instabilidade fiscal e a percepção de risco têm motivado investidores a buscar alternativas no exterior. O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, que mede o risco-país, atingiu 218 pontos na última semana, o maior nível desde março de 2023.

“O mercado doméstico deixou de ser visto como uma opção segura. Agora, investidores, empresas e instituições estão preferindo aplicar seus recursos no exterior”, disse Lee no Broadcast da CNN.

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Fonte: Freepik

Perspectivas para o futuro

A Avenue, fundada há sete anos, está vivenciando um período inédito de transferências. Caso o ritmo observado no último trimestre de 2024 se mantenha, a corretora projeta que o montante de ativos sob custódia poderá triplicar até 2025. Além disso, o Itaú Unibanco, que atualmente possui 35% de participação na empresa, poderá assumir o controle majoritário em dezembro de 2025, aumentando sua participação para 50,01%.

Com a crescente conscientização sobre a importância de diversificar investimentos no exterior, o movimento de migração de capital brasileiro para os Estados Unidos tende a se consolidar, independentemente de variações futuras no câmbio. Segundo Lee, a parceria com o Itaú tem sido fundamental para impulsionar o crescimento da Avenue, que também conta com outros investidores como o SoftBank e o Igah Ventures.

Se o Itaú decidir não exercer seu direito de compra, a Avenue planeja abrir capital nos Estados Unidos nos próximos cinco anos, possivelmente na Nasdaq, fortalecendo ainda mais sua posição no mercado global.

Imagem Destaque: Freepik

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