As companhias aéreas Azul e Gol assinaram um memorando de entendimento em 15 de janeiro de 2025, visando uma fusão que poderá criar um gigante no setor aéreo brasileiro, com mais de 60% de participação de mercado. O CEO da Azul, John Rodgerson, assumirá a presidência do novo grupo, que deverá iniciar suas operações em 2026, após a aprovação dos órgãos reguladores, Cade e Anac.
Principais Pontos
- A fusão resultará em uma nova empresa com mais de 60% de participação no mercado de aviação brasileiro.
- John Rodgerson, CEO da Azul, será o presidente do novo grupo.
- A operação conjunta está prevista para começar em 2026, dependendo da aprovação regulatória.
- A fusão está condicionada à recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, onde a companhia busca renegociar dívidas.
- As marcas Azul e Gol continuarão operando de forma independente, mas com sinergias em voos e rotas.
A fusão entre Azul e Gol representa um movimento estratégico significativo no mercado de aviação do Brasil. Com a combinação de suas operações, as duas companhias esperam aumentar a conectividade e expandir o número de voos oferecidos, alcançando mais de 200 cidades no país.
O memorando de entendimento estabelece que a alavancagem combinada das duas empresas não poderá exceder a da Gol após a conclusão de sua recuperação judicial, atualmente estimada em quatro vezes o Ebitda. Caso esse parâmetro não seja atingido, a fusão não será concretizada.

Governança e Estrutura
A governança do novo grupo será compartilhada, com um conselho composto por nove membros: três indicados pela Azul, três pela Gol e três independentes, aprovados pelos acionistas. O CEO da Azul, John Rodgerson, liderará a nova empresa, enquanto a holding Abra, que controla a Gol e a Avianca, indicará o presidente do conselho.
Impacto no Mercado
A fusão promete reconfigurar o mercado de aviação no Brasil, criando um competidor robusto que poderá oferecer mais opções aos consumidores e aumentar a competitividade no setor. A Azul e a Gol têm quase 90% de rotas complementares, o que significa que a união de suas operações poderá resultar em uma rede de voos mais abrangente e eficiente.
Além disso, a fusão permitirá que aeronaves de uma companhia realizem voos da outra, aumentando a conectividade entre grandes cidades e destinos mais afastados. A Azul continuará a expandir sua frota com aeronaves da Embraer, buscando sinergias em voos internacionais

A fusão entre Azul e Gol é um passo audacioso que pode transformar o cenário da aviação no Brasil. Com a expectativa de iniciar operações conjuntas em 2026, a nova empresa poderá não apenas fortalecer o setor aéreo nacional, mas também oferecer melhores serviços e mais opções aos consumidores. O sucesso dessa fusão, no entanto, dependerá da recuperação financeira da Gol e da aprovação regulatória necessária para a concretização do acordo.
Fontes
- Azul e Gol assinam acordo para fusão entre as aéreas, InfoMoney.
- Azul e Gol assinam acordo para unir negócios e preveem manter marcas | Blogs | CNN Brasil, CNN Brasil.
- Azul e dona Gol assinam memorando de entendimento para fusão de negócios – Life In A Day, lifeinaday.pt.
- Fusão: Azul e Abra (Gol/Avianca) assinam acordo para unir negócios no Brasil, Panrotas.
- Urgente! Azul e Gol anunciam fusão que pode criar líder na aviação brasileira, Melhores Destinos.
- Azul e Gol selam fusão para criar gigante na aviação – 15/01/2025 – Painel S.A. – Folha, Folha de S.Paulo.