ABEV3 R$11,09 +0,09% ALOS3 R$18,01 +0,33% ASAI3 R$5,82 +3,01% AZUL4 R$4,43 -3,06% AZZA3 R$30,32 -0,72% B3SA3 R$10,35 +0,78% BBAS3 R$25,35 -0,12% BBDC4 R$11,59 -1,19% BBSE3 R$37,83 +1,15% Bitcoin R$628.351 +2,00% BPAC11 R$30,05 -0,27% BRAV3 R$25,34 +0,08% BRFS3 R$22,78 +1,38% CMIG4 R$10,46 +1,75% CPLE6 R$9,15 +2,01% CSAN3 R$8,20 -4,98% CYRE3 R$17,87 +0,68% Dólar R$6,08 +0,46% ELET3 R$34,85 +1,07% EMBR3 R$59,88 -0,42% ENGI11 R$36,71 +1,97% EQTL3 R$27,86 +1,09% ggbr4 R$17,37 +0,64% Ibovespa 122.350pts +0,92% IFIX 3.042pts -1,38% itub4 R$32,35 +0,72% mglu3 R$6,06 +2,02% petr4 R$37,20 +0,41% vale3 R$54,49 +3,46%

Especialistas na Verdile – Conheça Abel Bianco: Do Pregão Viva-voz ao Eletrônico e o Futuro da Bolsa

"O mercado é como uma corrida de cavalos: rápido, imprevisível e exige estratégia", reflete Abel.

O futuro da bolsa para 2025, com suas nuances, ainda é uma incógnita. Especialistas indicam instabilidade e muitas dúvidas sobre o cenário atual.

Com 47 anos de experiência, Abel Bianco Duarte é referência no mercado financeiro. Iniciou sua vida profissional como office boy aos 16 anos, em 1977, e construiu uma carreira sólida, atravessando momentos históricos e transformações profundas, como a transição do pregão viva-voz para o eletrônico.

Foi promovido a auxiliar de pregão, conhecido como “palito amarelo”, e trabalhou no mesmo escritório durante toda a sua carreira, com a mesma carteira de clientes desde o início.

Hoje, assessor de investimentos, Abel Bianco compartilhou com a Verdile suas experiências, visões de mercado e futuro da bolsa.

O futuro da bolsa e a visão do especialista
Fonte: Imagem: 27.fev.09 – UOL/ Reinado Canato

Como funcionava o Pregão Viva-voz?

O pregão viva-voz era o modelo tradicional de negociação em bolsas de valores, onde traders (corretores) realizavam operações presencialmente no piso de negociação, também chamado de floor. Nesse sistema, as ordens de compra e venda eram transmitidas por gritos, gestos e sinais manuais, criando um ambiente intenso e dinâmico.

Os pregões aconteciam em grandes salões, geralmente no prédio da bolsa de valores. Os traders ficavam reunidos em espaços chamados de corbeilles, círculos específicos para negociar determinados ativos.

Os corretores usavam códigos de gestos para indicar preços, quantidades e direções (compra ou venda), além de gritar para atrair a atenção de outros participantes. Cada corretora tinha seus representantes no pregão, responsáveis por executar as ordens enviadas pelos clientes. As transações eram anotadas em papel ou em sistemas manuais e, posteriormente, registradas nos sistemas da bolsa.

“Era preciso ser ágil e rápido. O dinheiro não aceita desaforo”, diz Abel.

O pregão viva-voz foi amplamente utilizado até a popularização dos sistemas eletrônicos, que tornaram o mercado mais acessível, eficiente e seguro. No Brasil, o pregão viva-voz foi substituído integralmente pelas plataformas digitais em 2009.

Na época de Abel, o aprendizado era na prática, enquanto hoje há mais formação acadêmica. Ele acredita que a experiência prática ainda é insubstituível. Dentre suas experiências mais marcantes, destaca:

  • Plano Collor: Abel viu o mercado congelar e as corretoras limitarem as baixas.
  • Torres Gêmeas: O índice Bovespa despencou de 12 mil para 5 mil pontos.
  • Crises cambiais: Real desvalorizado em 30%, marcando momentos de tensão e estratégia.

A Adaptação ao Pregão Eletrônico

A transição foi desafiadora: reaprender processos, mas Abel conseguiu manter a carteira de clientes desde o início.

O pregão eletrônico trouxe praticidade mas perdeu a “alma” do contato humano direto. E apesar da automação, o operador ainda tem um papel importante na análise e estratégia personalizada para clientes.

As Mais Novas do Ibovespa

O Ibovespa retomou as operações após o feriado de Natal com leve alta, em um dia de alívio para os ativos brasileiros. A sessão foi marcada por baixa liquidez, com um volume negociado de R$ 16,184 bilhões, conforme dados da B3 (B3SA3).

O principal destaque foi a crise política em Brasília, provocada pela suspensão de pagamentos das emendas parlamentares, levando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a convocar lideranças mesmo durante o recesso.

O índice de referência da Bolsa brasileira avançou 0,26%, encerrando aos 121.077,50 pontos. Durante o pregão, oscilou entre a mínima de 120.427,86 pontos e a máxima de 121.611,92 pontos.

A valorização do Ibovespa foi acompanhada por uma leve queda no dólar, enquanto os juros futuros (DIs) mantiveram alta, refletindo o aumento dos rendimentos dos Treasuries nos EUA e a persistente cautela do mercado em relação à política fiscal do governo Lula.

Nos Estados Unidos, os índices acionários apresentaram variações modestas: Dow Jones subiu 0,10%, enquanto S&P 500 e Nasdaq encerraram próximos da estabilidade, com variações de -0,02% e +0,01%, respectivamente. Assim como no Brasil, o dia foi de baixa liquidez, e os mercados reduziram as perdas registradas no início do pregão.

Quais são as reflexões sobre a economia e o futuro da bolsa?

Abel vê a economia atual como preocupante, com decisões erradas e alto custo fiscal. Ele destaca a necessidade de medidas mais drásticas, como cortes nos gastos públicos. “Ainda aposto no Brasil e nas empresas, mas tudo depende da economia girar”, afirma.

Para o especialista nas projeções do mercado em 2025, há expectativas negativas quanto ao dólar, podendo chegar a podendo chegar a R$ 7. Os juros também podem ser elevados a longo prazo, mas há contrassenso quando ao valor da bolsa de hoje, barata em comparação ao dólar, o que é atraente para investimentos de longo prazo.

Abel reforça que tudo é cíclico no mercado financeiro. “Pode demorar, mas as coisas boas voltam, desde que medidas corretas sejam tomadas”, reflete.

“O mercado financeiro ensina a ser resiliente, a pensar no longo prazo e a agir rápido. Mesmo em tempos difíceis, a confiança no futuro do Brasil é o que me mantém no jogo”, conclui Abel.

Imagem Destaque: o agente da bolsa Abel Bianco para a Verdile

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