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Esquerda reúne menos público que Bolsonaro, e baixo comparecimento evidencia falta de engajamento sobre anistia

Ato organizado pela esquerda neste domingo (30), em São Paulo, teve adesão de 6,5 mil pessoas, segundo estimativas de pesquisadores da USP.

A manifestação organizada pela esquerda na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (30), teve uma adesão ainda menor do que o ato realizado por Jair Bolsonaro em defesa de sua anistia.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estimaram que o protesto liderado pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) reuniu cerca de 6,5 mil pessoas. 

Esse número representa um terço do público presente na manifestação bolsonarista na praia de Copacabana, que atraiu pouco mais de 18 mil participantes, também segundo a USP.

Ao somar os dois eventos – tanto o de Bolsonaro, a favor da anistia, quanto o de Boulos e Lindbergh, contra – o total de manifestantes chega a 24 mil. Esse número fica abaixo da média de público do Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2023, que foi de 29 mil torcedores. 

Antes mesmo da realização dos atos, tanto o presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já consideravam que o tema não tinha forte apelo popular.

Menor mobilização da esquerda

Nos bastidores, aliados do governo previam um cenário complicado para a esquerda. Havia a expectativa de que, caso Boulos conseguisse organizar um protesto maior do que o de Bolsonaro, ele ganhasse força para ser indicado ao cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, atualmente ocupado por Márcio Costa Macedo.

Em 2024, Márcio Macedo organizou um evento em comemoração ao Dia do Trabalhador, em 1º de maio, que também teve baixa adesão. Na ocasião, o presidente Lula demonstrou insatisfação e atribuiu o fracasso à falta de organização.

Desde 2013, os protestos de rua indicam que a direita e a extrema-direita têm maior capacidade de mobilização do que a esquerda, um fenômeno que também ocorre fora do Brasil. 

A edição de domingo do jornal espanhol El País destacou o avanço de movimentos conservadores dentro das universidades, muitos deles alinhados às ideias da extrema-direita europeia.

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Com um discurso antissistema, a extrema-direita tem atraído jovens ao redor do mundo, especialmente aqueles que se sentem inseguros diante das mudanças no mercado de trabalho.

O baixo comparecimento à manifestação organizada por Guilherme Boulos e Lindbergh Farias foi motivo de comemoração entre aliados de Jair Bolsonaro. 

Até então, o ex-presidente vinha enfrentando críticas pelo fracasso de seu próprio evento em Copacabana, que ficou muito aquém da expectativa de um milhão de pessoas. 

O deputado Sóstenes Cavalcanti, líder do PL, passou a tarde enviando imagens de drone em grupos de WhatsApp, destacando os espaços vazios na Avenida Paulista e incentivando seus contatos a divulgar a situação.

O presidente do PP, Ciro Nogueira, também usou as redes sociais para comentar a manifestação, resumindo a cena com as palavras: “vazio total”.

Se na mobilização bolsonarista a Polícia Militar do Rio de Janeiro, sob influência do governo estadual, chegou a divulgar um número inflado de 400 mil participantes, no ato deste domingo foram os próprios organizadores que tentaram ampliar as estimativas. Lindbergh e Boulos afirmaram que o evento teve uma adesão superior à do comício realizado pelo ex-presidente.

A manifestação contra o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 foi organizada por entidades e movimentos sociais de esquerda, mas teve baixa adesão em São Paulo.

Convocado por grupos como a Central de Movimentos Populares (CMP), Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato reuniu representantes de partidos como PT, PSOL, PCdoB e Unidade Popular, além de sindicatos como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

Os manifestantes se concentraram na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, e seguiram em caminhada até o 36º Distrito Policial, no bairro do Paraíso. O local tem um simbolismo histórico, pois no passado abrigou o DOI-Codi, órgão de repressão da ditadura militar.

Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) discursaram durante o ato em cima de um carro de som. Boulos chegou a afirmar que o número de participantes superava o da manifestação bolsonarista realizada em Copacabana no dia 16 de março, e liderou gritos de “sem anistia”.

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Uma estimativa do Monitor do Debate Político do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common, apontou a presença de 6.560 manifestantes, com margem de erro de 12%. Já o setor de Inteligência da Polícia Civil calculou o público em aproximadamente 5 mil pessoas.

Segundo os mesmos pesquisadores, a manifestação no Rio de Janeiro atingiu um pico de 18,3 mil participantes, cerca de três vezes o público registrado em São Paulo. Em uma publicação nas redes sociais, a Polícia Militar do Rio declarou que o ato bolsonarista reuniu 400 mil pessoas, mas uma estimativa do Datafolha apontou um público real de 30 mil.

O evento na Avenida Paulista contou ainda com a participação da deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), da presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, e da vereadora Amanda Paschoal (PSOL).

Julgamento no STF

Na última quarta-feira (26), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar Jair Bolsonaro e mais sete aliados réus sob acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Com a decisão, os oito réus passam a responder a uma ação penal, na qual poderão ser condenados ou absolvidos ao final do processo.

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta crimes como tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Procuradores e ministros do STF avaliam que as investigações indicam uma ligação direta entre a suposta conspiração golpista e a tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, mantendo Bolsonaro no poder.

Imagem destaque: Manifestantes de esquerda participam de ato contra a anistia para os golpistas do 8 de Janeiro, em São Paulo — Foto: RICARDO YAMAMOTO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

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