O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que reduzirá temporariamente as tarifas impostas a países que não adotaram medidas retaliatórias. Já para a China, a decisão foi oposta: a tarifa de importação foi elevada para 125%.
As bolsas da Ásia encerraram os negócios desta quinta-feira (10) com forte valorização, impulsionadas pela sinalização de Trump em suspender por 90 dias, e de forma parcial, a política de tarifas. Os índices europeus também registraram alta significativa.
O presidente classificou a decisão como uma “pausa” na escalada tarifária, responsável por aumentar as tensões comerciais globais nas últimas semanas. Apesar da trégua temporária para parte dos parceiros, Trump determinou aumento imediato da tarifa sobre produtos chineses. (veja mais abaixo)
Nos últimos dias, os mercados vinham refletindo negativamente os impactos da guerra comercial e a perspectiva de desaceleração global. A mudança de postura da Casa Branca inverteu o humor e trouxe alívio às bolsas.
📈 Desempenho dos principais índices asiáticos no fechamento:
- 🇨🇳 CSI 1000 (China): alta de 2,34%
- 🇭🇰 Hang Seng (Hong Kong): avanço de 2,06%
- 🇯🇵 Nikkei 225 (Japão): salto de 8,99%
- 🇰🇷 Kospi (Coreia do Sul): crescimento de 6,60%
📈 Principais índices da Europa às 6h40 (horário de Brasília):
- 🇩🇪 DAX (Alemanha): +5,34%
- 🇫🇷 CAC 40 (França): +5,14%
- 🇬🇧 FTSE 100 (Reino Unido): +4,24%
- 🇮🇹 Itália 40 (Itália): +6,19%
- 🇪🇸 IBEX 35 (Espanha): +5,01%
- 🇳🇱 AEX (Holanda): +4,63%
- 🇨🇭 SMI (Suíça): +4,54%
Na quarta-feira (9), antes do anúncio, as bolsas asiáticas e europeias registraram quedas acentuadas. Já os índices de Wall Street reagiram de forma explosiva, com as maiores altas diárias em anos.
📊 Fechamento nos EUA:
- Dow Jones: +7,9% — melhor resultado desde 2020
- S&P 500: +9,5% — maior alta desde 2008
- Nasdaq: +12% — avanço mais expressivo desde 2001
No Brasil, o dólar iniciou o dia em alta, mas reverteu após o pronunciamento e fechou em queda de 2,54%, cotado a R$5,84. O Ibovespa subiu 3,12%, encerrando o pregão aos 127.796 pontos.
📢 Trecho do pronunciamento de Donald Trump:
“Diante da postura desrespeitosa da China em relação ao mercado internacional, os Estados Unidos estão elevando imediatamente a tarifa de importação sobre os produtos chineses para 125%. Espero que, em breve, a China compreenda que a era da exploração econômica chegou ao fim.
Ao mesmo tempo, considerando que mais de 75 nações têm buscado diálogo com os EUA e não adotaram retaliações, autorizei, sob minha recomendação, uma pausa de 90 dias nas tarifas, com uma alíquota reduzida de 10% durante esse período.”
📌 Retaliação à China
Trump confirmou a elevação das tarifas para 125% sobre os produtos chineses. A medida é a mais recente dentro da escalada de tensões comerciais entre as duas potências. A nova tarifa tem aplicação imediata.
Desde 2 de abril, o governo norte-americano iniciou uma ofensiva tarifária contra 180 países. A China reagiu com contramedidas, aumentando as tensões no comércio internacional.
Os EUA haviam anunciado anteriormente uma tarifa de 104% sobre produtos chineses, válida a partir desta quarta. Em resposta, Pequim divulgou que elevaria suas tarifas para 84% sobre itens norte-americanos.
A nova alta para 125% representa mais um movimento da Casa Branca em retaliação às medidas chinesas. Trump reafirmou que a decisão visa pressionar Pequim a negociar de forma justa.
📉 Linha do tempo das tarifas EUA-China:
- Fevereiro: tarifa adicional de 10% sobre importações chinesas, somando 20%
- 2 de abril: nova taxa de 34%, totalizando 54%
- Após retaliação da China, Trump anunciou mais 50 pontos percentuais, levando a tarifa a 104%
- Com o anúncio de que a China elevaria suas tarifas a 84%, os EUA responderam com o novo patamar de 125%
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