Com lançamento previsto entre 2025 e 2026, o DREX, será mais do que uma moeda digital brasileira. A ideia é ter o mesmo valor do papel moeda, sendo uma extensão do dinheiro físico.
Ainda em fase de testes, o Banco Central publicou o relatório técnico sobre o andamento do processo. Os dados apontam que serão necessárias mais análises antes do início do uso.
O DREX traz à tona suas diferenças em relação ao PIX, o sistema de pagamentos já consolidado no mercado brasileiro. Ainda que ambos sejam projetados pelo Banco Central, suas funcionalidades são distintas.
Hoje você vai entender tudo sobre o que é e como funciona o DREX, a moeda digital brasileira.
O que é o DREX e como vai funcionar?
O DREX (Digital – Real – Eletrônico – Ideia de conexão) é uma futura moeda digital que será operada pelo Banco Central do Brasil. A ideia é que ele permita vários tipos de transações financeiras seguras por meio de contratos inteligentes. O serviço financeiro será liquidado pelos bancos, dentro da plataforma DREX do BC, um ambiente que ainda está em desenvolvimento, utilizando a tecnologia de registro distribuído.

Para ter acesso à plataforma da moeda digital, será necessário um intermediador financeiro, como um banco, por exemplo. Esse intermediário fará a transferência do seu dinheiro para sua carteira digital, para que as transações com ativos digitais sejam realizadas com segurança.
O Banco Central vai produzir e regular o dinheiro digital, da mesma forma que age com o papel moeda. A moeda digital será distribuída por bancos e instituições financeiras. Assim como é feito hoje com o dinheiro, a política monetária também será base de sustentação do valor do real digital.
O DREX será recebido por meio de códigos distribuídos pelo BC. Os códigos serão armazenados em uma carteira digital, que será oferecida por bancos e instituições financeiras.
Importante ressaltar que o Brasil não terá um novo Bitcoin, ainda que a base da moeda digital seja a tecnologia blockchain – a mesma utilizada em criptomoedas. Inclusive, ela não terá variação de preço (1 DREX = 1 REAL), regulamentada pelo Banco Central.
Quando o DREX será implantado?
A expectativa é que ele seja implantado nos próximos anos, de forma gradual, para garantir segurança e eficácia. O BC está rodando diversos testes desde março de 2023, com o “Piloto DREX”, onde algumas empresas puderam se inscrever para participar das avaliações.
Em entrevista, o CEO da Swiss Capital, Alex Andrade, afirmou que já estão começando a perceber o impacto dessa nova tecnologia agora, em 2025. “Neste ano, esperamos um crescimento exponencial no uso do DREX, especialmente nos serviços financeiros de varejo”. Segundo o especialista, há previsão de que inicialmente 30% das transações digitais no Brasil sejam realizadas pela moeda digital.

Qual a diferença entre o PIX e o DREX?
Embora ambas sejam transações monitoradas pelo Banco Central, o DREX possui foco nas transações de grande porte, como aquisições de imóveis e veículos. Isso exige dele uma segurança adicional. O DREX não substituirá o PIX, ele será mais uma ferramenta para transações financeiras.
Criado pelo Banco Central em 2020, o PIX é um meio de pagamento instantâneo que permite transferências e pagamentos de contas, a qualquer momento. No mesmo ano, o Banco Central, juntamente a um grupo de trabalho, começou a estudar a possibilidade de emissão de uma moeda digital brasileira.
Recentemente, foi incluída a modalidade PIX por aproximação. Veja mais nesta matéria.
O início
Em março de 2023 foi iniciado um projeto piloto do real digital, que consiste em uma base de testes para operar a moeda em um ambiente simulado, sem envolver reais até o momento.
A expectativa, é que assim como o PIX, utilizado por 170 milhões de usuários, o DREX também tenha bastante aceitação imediata ao seu lançamento.
Um dos fatores que também o difere é que, o DREX não é apenas um meio de pagamento, ele representa o dinheiro em si, como uma moeda digital do Banco Central (CBDC).
O que é CBDC?
CBDC quer dizer Central Bank Digital Currency – Ou Moeda Digital emitida por um Banco Central. Ou seja, é uma versão virtual da moeda de um país, usada para realizar compras, valores de produtos, investir, etc.
Ainda que hoje em dia a maioria das transações já seja feita digitalmente, muitos bancos emitem papel moeda. Com a criação de uma CBDC, também é possível realizar emissões de moedas, porém, digitais.
Além do Brasil, com o projeto DREX, países como Estados Unidos, Coreia do Sul e Suécia também estudam criar suas moedas digitais emitidas por bancos centrais.
O DREX tem risco?
Apesar de utilizar um contrato inteligente e redes blockchain, o DREX possui um banco centralizando a operação, o que dá mais segurança e redução de riscos. Isso significa que o Banco Central terá maior controle sobre o sistema financeiro.
Mas isso não quer dizer que as operações com DREX estão livres de riscos. Por exemplo, há maior incidência de alvos de hackers e fraudes, sendo necessária uma cibersegurança mais robusta.

Além disso, como todas as transações são registradas digitalmente, há preocupações sobre monitoramento excessivo e uso indevido de dados financeiros.
Quais são as vantagens e desvantagens do DREX?
Como qualquer transação financeira ou investimentos, há vantagens e desvantagens. Veja as principais:

Vantagens
A principal vantagem do DREX é que ele reduzirá a emissão de papel moeda. Além disso, ele poderá ser utilizado em outros países, sem necessidade de conversão. O DREX também tende a reduzir a lavagem de dinheiro, pois as transações serão rastreadas.
Desvantagens
Apesar de ser baseado em redes blockchain, o que o torna mais confiável e eficiente, o DREX pode apresentar desvantagens no futuro. Por exemplo, há maior possibilidade de ser vulnerável aos crimes cibernéticos do que as moedas físicas. Isso pode acontecer devido ao blockchain ser uma tecnologia nova.
Outra desvantagem é que ele pode ser menos privado do que moedas físicas, pois todas as operações são registradas. Isso significa que qualquer pessoa pode ver quem está enviando ou recebendo dinheiro.
Uma assessoria especializada!
Os novos movimentos do mercado trazem praticidade e incertezas. Fato é que a tecnologia inovou todos os setores e com isso também há certa preocupação com o futuro das finanças.
A moeda digital brasileira, DREX, muito provavelmente tomará um lugar importante no dia-a-dia financeiro dos brasileiros.
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